O medo é um sentimento universal: todos nós sentimos. Sua abrangência vai desde a decisão de lutar ou fugir até o acúmulo traiçoeiro que deságua no estresse e na ansiedade, levando ao esgotamento físico e mental.
As respostas físicas e mentais ao medo eram tão essenciais para a sobrevivência de nossos antepassados primitivos que permanecem de forma intensa e muito poderosa até os dias atuais. Infelizmente a manutenção dessa resposta adaptativa, com tamanha intensidade, quase sempre se torna inapropriada no mundo moderno.
No entanto, nossa reação ao medo continua a se manifestar de forma quase idêntica àquela vivenciada pelos nossos ancestrais mais longínquos. Ao reagirmos, frequentemente de forma exacerbada, aos contratempos e às dificuldades do dia a dia, acabamos por adoecer, uma vez que o excesso de hormônios de estresse (cortisol e adrenalina) pode ocasionar aumento da pressão arterial, doenças cardíacas, enxaquecas, alergias, úlceras, pânico, fobias, entre outros.
O que, nos tempos primitivos, era um supersistema de proteção, essencial para o homem da época, transformou-se em uma poderosa arma, cuja potência o homem moderno tem de aprender a desativar ou, pelo menos, a reduzir seu poder de fogo. Sendo assim, existem casos nos quais essa reação perde sua função protetora e ganha força e status de uma situação definitivamente ameaçadora dentro da mente.
É possível estabelecer a velha dialética entre o ser e o estar. Ser ansioso é possuir sensação de tensão, apreensão e inquietação, dominando todos os demais aspectos de nossa personalidade. Estar ansioso é tudo isso acompanhado por manifestações orgânicas tais como palpitações (taquicardia), suor intenso (sudorese), tonturas, náuseas, dificuldade respiratória, extremidades frias etc.
Assim, os transtornos de ansiedade correspondem aos estados de ansiedade (estar ansioso) em indivíduos que possuem uma personalidade ansiosa de fundo ou base (ser ansioso).
Os transtornos de ansiedade são vários, e a principal característica deles, além da presença de ansiedade, é o comportamento de esquiva, ou seja, a pessoa tende a evitar determinadas situações nas quais a ansiedade exacerbada pode deflagrar. Dentro desse leque, o medo patológico pode se manifestar de diversas formas e em graus de intensidade
diferentes, tais como:
• Ataques de Pânico, que podem evoluir para o transtorno do pânico.
• Fobia social ou timidez patológica: na qual as pessoas percebem ameaças potenciais em situações sociais e em exposição em público.
• Fobias Específica: cuja ameaça provém de estímulos bem específicos (animais, lugares fechados, chuvas, avião etc.).
• Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): quando vivemos experiências traumáticas significativas (sequestros, perdas de entes queridos, acidentes etc.).
• Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): que se caracteriza por um estado permanente de ansiedade, sem qualquer associação direta com situações ou objetos específicos.
• Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): no qual a mente é invadida por pensamentos intrusivos e sempre de conteúdo ruim (obsessões), que desencadeiam rituais repetitivos e exaustivos (compulsões), na tentativa de exorcizar tais ideias.
Quando o medo anormal (patológico) passa a interferir de forma acentuada no cotidiano do indivíduo, com prejuízos concretos nos setores social, afetivo e profissional, é o momento de buscar ajuda especializada.
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