Agora você irá conhecer as disfuncionalidades emocionais da personalidade Borderline.
A disfunção emocional é a condição primordial dessa personalidade e pode ser
identificada pelas características abaixo:
Hiperatividade emocional. Essa característica é responsável pelo excesso de sensibilidade que essas pessoas apresentam, especialmente aos estímulos emocionais negativos. Lidam muito mal com críticas e, não raro, tais situações podem gerar acessos de fúria quase sempre incontroláveis. Essas crises são desproporcionais ao tipo ou tamanho da crítica; pequenas observações “desfavoráveis” podem ser suficientes para desencadear o processo.
Emoções dúbias e conflitantes. Essa característica pode ser resumida pela seguinte frase: “Borders não gostam simplesmente: ou amam ou odeiam.” Essa instabilidade do afeto costuma ser mais intensa e explícita com pessoas com as quais os borders mantêm uma relação mais íntima. A vida conjugal com um border pode ser extremamente desgastante: num dado momento, ele se apega e faz juras de amor eterno a alguém; e no outro, de forma inesperada, é capaz de ofendê-lo e até desprezá-lo.
Instabilidade afetiva. Esse talvez seja o sintoma mais visível da personalidade borderline. A instabilidade afetiva dessa personalidade deriva da hiper-reatividade que apresentam no seu estado de humor. Seus acessos de raiva e/ou fúria os remetem a um estado de intensa agitação física e psíquica e são sempre desencadeados por sentimentos de rejeição, abandono ou frustração. Em função disso, os borders costumam se sentir exaustos e deprimidos logo após o cessar dos ataques.
Humor e equilíbrio emocional em constante oscilação. A hiper-reatividade torna o humor das pessoas borders absolutamente flutuante. Seu humor costuma oscilar de forma mais inesperada e abrupta.
Ira intensa e inapropriada. Essa reação é desencadeada por frustrações ou decepções. O descontrole emocional nestas horas pode surpreender as pessoas ao redor. A ira pode se apresentar na forma de gritos, ofensas e até mesmo e tentativas de suicídio.
Agitação física. Durante a perda de controle que ocorre nos acessos de fúria, os borders apresentam agitação física que é exteriorizada de forma bastante contundente, com frequentes agressões físicas a terceiros, destruição e quebra de objetos e autoflagelo (se batem, se perfuram com objetos pontiagudos, se cortam, se queimam).
Sentimento de vazio ou tédio. Como eles vivem constantemente no limite máximo de suas emoções, quando suas mentes não estão envoltas nessas fortes tempestades, eles tendem a experimentar uma sensação de que a vida não tem graça; é tediosa ou um grande vazio.
Sentimento de ódio, ira e vergonha em relação a si mesmo. Geralmente esses
sentimentos de constrangimento e até autorrepulsa costumam ocorrer após os acessos de fúria. Em geral, essas pessoas são tomadas por um forte sentimento de culpa e remorso nessas ocasiões, que contribuem para o rebaixamento de sua autoestima. Essa percepção é fundamental para que os borders se conscientizem de suas disfunções emocionais e impulsivas, e se disponham a buscar ajuda especializada.
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